No último sábado, dia 17/03, após quase cinco anos, o inigualável
Blind Guardian voltou ao Brasil para mais uma apresentação arrebatadora.
Tive a felicidade de ir ao show de 2002, e nestes quase cinco anos fiquei sempre ancioso pelo retorno dos bardos. Todo esse tempo passou, mas eles retornaram...
Em um show sem "frescuras", sem enfeites no palco, eles fizeram o que sabem de melhor: tocaram suas magníficas músicas, envolveram e fascinaram a pláteia, que como em todo show do Blind, teve uma participação emocionante. Após a introdução clásica do grupo (
War Of Wrath e
Into The Storm), o que se viu foi a galera indo ao delírio em cada música, cantando sem parar, do modo mais alto que conseguiam, todas as canções. Do álbum novo, vieram
Fly e
Another Stranger Me, acompanhadas pelas clássicas, como
Born In A Mourning Hall,
Nightfall (que o vocalista Hansi Kürsch anunciou como "um convite a todos para uma viagem a Arda"),
Valhalla (com seu refrão repetido à exaustão),
Time Stands Still(At the Iron Hill) (destruidora como sempre),
And The Story Ends,
Majesty,
Bright Eyes, e uma que eu não esperava que iria ouvir num show deles: o épico
And Then There Was Silence, com seus quase 15 minutos, que a galera gritava alucinadamente cada letra da música. Após uma pausa rápida, eles voltaram com
Imaginations From The Other Side,
The Bard's Song - in the Florest. Esta, como sempre, foi o ponto mágico da noite.
Todos os presentes tornaram-se uma única voz, criando um coral espetacular e afinado, e Hansi ficou calado a maior parte do tempo, apenas apreciando o belo espetáculo que nós, seus fiéis seguidores, proporcionavamos. A emoção na pista era evidente em cada rosto, em cada movimento das pessoas. Arrepiante, incrível e inigualável são apenas alguns dos adjetivos que vou utilizar para expressar o que senti ali, bem na frente.
Em seguida veio
Mirror Mirror, que dispensa comentários, e a grande surpresa da noite:
Barbara Ann, cover dos Beast Boys que está no segundo álbum da banda, com a participação de Edu Falaschi e Felipe Andreoli, do Angra.
Quando eles começaram a se desperir e a deixar o local, todos estavam extasiados, gritando o nome da banda, berrando para que ficassem mais. Mas eles se foram, e só nos resta esperar para que eles não demorem tanto tempo para retornar ao nosso país, para mais apresentações como esta.
Deixo aqui o parágrafo final da resenha do show, pelo site
A Arca, pois ele expressa tudo o que sinto:
"
(...) próximo da 00h00, quando aquelas milhares de pessoas começaram a abandonar o Via Funchal, cada uma delas sabia, no fundo do coração, que valeu a pena pegar uma fila quilométrica na entrada, que se prolongava por cerca de quatro quarteirões. Porque dá gosto ver uma banda se entregando de maneira tão orgânica e sincera, soando absolutamente verdadeira e autêntica. Porque é assim que o heavy metal tem que ser. Aliás, rótulos à parte, é assim que o rock 'n' roll tem que ser. E fim de papo."
Guardian!!! Guardian!!! Guardian!!
Setlist:
01 - War Of Wrath
02 - Into The Storm
03 - Born In A Mourning Hall
04 - Nightfall
05 - Script For My Requiem
06 - Fly
07 - Valhalla
08 - Time Stands Still
09 - And The Story Ends
10 - Majesty
11 - Another Stranger Me
12 - Bright Eyes
13 - And Then There Was Silence
Bis:
14 - Imaginations From The Other Side
15 - The Bard's Song - In The Forest
16 - Mirror Mirror
17 - Barbara Ann
Veja também a análise do show, pelo site
Whiplash.
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