Já está em cartaz nos cinemas brasileiros o filme
300, adaptação da Graphic Novel de Frank Miller.
Para mim, um dos melhores filmes que já vi na vida. Seguramente, o melhor do ano.
O diretor Zack Snyder mandou muito bem em tudo. Desde o ritmo que ele impôs ao filme, as tomadas longas de lutas coreografadas, os cenários digitais que parecem pinturas renacentistas ("quadrinhos em movimento!", já ouvi dizerem), as cenas em que a câmera acelera o ritmo, para logo depois diminuir bruscamente, injetando pausas dramáticas e edição frenética, tornando os combates mais emocionantes e bonitos esteticamente. A seleção dos atores, que estão ótimos. Só para citar dois exemplos: Gerard Butler, com seu Leônidas imponente, sarcástico, honrado...um Rei com "R" maiúsculo, que faz o cinema tremer com seu vozeirão nas melhores frases do filme, o brasileiro Rodrigo Santoro consegue deixar seu Xerxes como eu realmente imaginava: por fora, toda aquela aparência e porte de semi-Deus, mas por dentro, é uma pessoa mimada, egoísta e insegura, como vemos na cena em que ele quase perde o controle na frente de Leônidas, após o Rei espartano se negar a curvar-se diante dele.
A trilha sonora é perfeita. consegue ser épica e moderna, injetando ainda mais ânimo no público (eu quase não conseguia me conter na poltrona). O figurino e maquiagem eu não tenho nem o que comentar...estão impecáveis, perfeitos.
As mudanças em relação à HQ foram muito bem feitas. As vezes as cenas da rainha Gorgo cansavam um pouco, porque quebravam o ritmo do restante da história (se bem que era difícil não quebrar quele ritmo devastador). Mas as mudanças provam que não é necessário seguir à risca, quadro a quadro, para se preservar a integridade da história, respeitar os fãs e criar uma obra única.
Também devemos agradecer à Warner Bros., pela confiança no filme e em Snyder. O estudio apostou neles ao permitir que o filme, mesmo sendo baseado em uma HQ, tivesse censura alta (17 anos nos EUA e 16 aqui no Brasil), o que foi um fato imprescindível para o sucesso do longa. É comum produtores e estúdios imporem cortes, visando deixar os filmes menos violentos, para assim pegarem uma censura mais leve e mais público. Este é o mal das adaptações de HQs, que acabam se tornando fracas, fúteis.
Mas não 300. Este não é um filme pra molecada adolescente, mas sim um filme para os adultos que curtem graphic novels. Sorte a nossa.
Então, digam aos espartanos, estranhos que passam, que
300 é espetacular e magnífico!
Um verdadeiro épico revolucionário!
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